Mayakovsky
1
My heart's aflutter!
I am standing in the bath tub
crying. Mother, mother
who am I? If he
will just come back once
and kiss me on the face
his coarse hair brush
my temple, it's throbbing!
then I can put on my clothes
I guess, and walk the streets.
2
I love you. I love you,
but I'm turning to my verses
and my heart is closing
like a fist.
Words! be
sick as I am sick, swoon,
roll back your eyes, a pool,
and I'll stare down
at my wounded beauty
which at best is only a talent
for poetry.
Cannot please, cannot charm or win
what a poet!
and the clear water is thick
with bloody blows on its head.
I embraced a cloud,
but when I soared
it rained.
3
That's funny! there's blood on my chest
oh yes, I've been carrying bricks
what a funny place to rupture!
and now it is raining on the ailanthus
as I step out onto the window ledge
the tracks below me are smoky and
glistening with a passion for running
I leap into the leaves, green like the sea
4
Now I am quietly waiting for
the catastrophe of my personality
to seem beautiful again,
and interesting, and modern.
The country is grey and
brown and white in trees,
snows and skies of laughter
always diminishing, less funny
not just darker, not just grey.
It may be the coldest day of
the year, what does he think of
that? I mean, what do I? And if I do,
perhaps I am myself again.
FRANK O'HARA
Meditations in an Emergency
Num percurso de ida e volta devem entrar em três buracos dispostos em linha recta, saindo vencedora a criança que chegar primeiro ao buraco inicial. (Edição Revista e Aumentada)
Olha: eu queria saber em que parte
se morre, para ter uma flor e com ela
atravessar vozes leves e ardentes e crimes
sem roupa. Existe nas ilhas um silêncio para
a poeira tremer, e o teu rosto se voltar lentamente cheio
de febre para o lado de uma canção
terrível e fria.
Herberto Helder,
Ofício Cantante,
p.247, Assírio&Alvim
Litania
O teu rosto inclinado pelo vento;
a feroz brancura dos teus dentes;
as mãos, de certo modo, irresponsáveis,
e contudo sombrias, e contudo transparentes;
o triunfo cruel das tuas pernas,
colunas em repouso se anoitece;
o peito raso, claro, feito de água;
a boca sossegada onde apetece
navegar ou cantar, ou simplesmente ser
a cor dum fruto, o peso duma flor;
as palavras mordendo a solidão,
atravessadas de alegria e de terror,
são a grande razão, a única razão.
Eugénio de Andrade
Roubado por mero acaso aqui
AQUI COMEÇA O P... DE POESIA e felizmente não acaba mais
Poesia Incompleta feat. Mário Guerra na Sic 01-02-2011
TERÇAS A LER
Programação especial de incentivo à leitura
e reencontro com autores portugueses do século XX .
Este projecto, concebido e coordenado pela actriz Maria do Céu Guerra,
vai realizar-se durante todo o ano de 2011 no Teatro A BARRACA - CINEARTE
(Lgº. de Santos, nº2), todas as terças-feiras às 19h.
A entrada é livre.
1 de Fevereiro: Cartas de Pessoa e Ofélia
Outras Cartas Portuguesas
Correspondência de personalidades da cultura portuguesa.
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