Uma a uma, as coisas do mundo, as noites desarrumadas,
 as mãos que as arrumam
entre chama e sono

.

Feridas que abrem.
reabrem, cose-as a noite, recose-as
com linha incandescente.

.

Quando não há palavra que se diga e apenas uma imagem
mostre em cima
os trabalhos e os dias submarinos.

.


Herberto Helder , Última Ciência


Sem comentários:

Enviar um comentário