Uma hospitalidade sem limites?
pela névoa, descobríamos missões
na caixa do correio. Talvez por hábito,
procurávamos uma rua cheia
e contudo inacabada: vidas
que por um instante corriam paralelas,
coisas em que só tínhamos de pensar
por pouco tempo.
que por um instante corriam paralelas,
coisas em que só tínhamos de pensar
por pouco tempo.
Com isto, ao fim da noite perdíamos
a noção dos factos - era esse o punhalque Lisboa costumava espetar
nas nossas costas. Às vezes as cidades
são assim, abrem buracos em tudo.
Gosto de pensar que Lisboa
nunca nos faria tal coisa
se achasse que não aguentávamos.
Vítor Nogueira
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