Introdução à poesia
Pedi-lhes que pegassem num
poema
e o colocassem em contraluz
como uma transparência
colorida
ou encostassem um ouvido à sua colmeia.
Eu disse larguem
um rato no poema
e observem-no a tentar descobrir a saída,
ou caminhem
dentro do quarto do poema
e sintam as suas paredes por um instante de
luz.
Eu desejo que eles pratiquem ski aquático
sobre a superfície de
um poema
deslizando sobre o nome do autor até à margem.
Mas tudo o que
eles querem fazer
é amarrar o poema a uma cadeira com uma corda
e obter a
sua confissão através de tortura.
Começam a bater-lhe com uma
mangueira
para descobrirem o que realmente significa.
(versão de Luís Parrado, aqui )
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